O ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio (TCE-RJ) Jonas Lopes de Carvalho Júnior e Carlos Miranda, segundo o MPF o principal operador financeiro do esquema criminoso liderado por Sérgio Cabral (MDB), serão ouvidos nesta terça-feira (12). Ambos são colaboradores da Justiça e vão depor ao juiz Marcelo Bretas na condição de testemunhas de acusação da Operação C'est Fini.
A expressão, em francês, significa "É o fim" e faz alusão à Farra dos Guardanapos, como ficou conhecido um jantar em Paris do qual participaram ex-secretários do Rio, empresários e o ex-governador Sérgio Cabral. Em fotos tiradas após o jantar, eles usavam guardanapos na cabeça. Vários dos participantes da foto estão presos.
Na C'est Fini, foram presos o ex-secretário da Casa Civil Régis Fichtner, o empresário Georges Sadala e mais três. Fichtner teria recebido R$ 1,6 milhão em propina. De acordo com a denúncia, Miranda recolhia e ordenava os pagamentos direcionados ao ex-secretário.
Já Jonas Lopes seria beneficiário da propina repassada por Henrique Alberto Santos Ribeiro, ex-presidente do DER no governo Cabral, que também foi acusado na C'est Fini. Fichtner teve a prisão decretada no final do ano passado, mas um habeas corpus o colocou em liberdade na semana seguinte.
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