PERDIZES
De Minas, Bem Brasil exportará batata pré-frita congelada
Indústria alimentícia que se dedica à produção de batata pré-frita congelada há 12 anos em Minas Gerais, a Bem Brasil representa um terço do mercado brasileiro
Indústria alimentícia que se dedica à produção de batata pré-frita congelada há 12 anos em Minas Gerais, a Bem Brasil representa um terço do mercado brasileiro nesse segmento com a atividade das duas plantas no Estado: uma em Araxá, no Alto Paranaíba, desde 2006; e outra em Perdizes, no Triângulo Mineiro, com início da produção em fevereiro de 2017. Neste ano, a produção das duas unidades da Bem Brasil totalizará as 180 mil toneladas de batata pré-frita congelada, de acordo com o presidente da companhia, João Emílio Rocheto.

Agora a Bem Brasil precisa crescer mais rapidamente em função da planta nova em Perdizes. Se o mercado em geral cresce 8% ao ano com 476,2 mil toneladas, a Bem Brasil teve um incremento de 19% no período 2016/2017. É que a fábrica em Perdizes foi planejada em 2014, quando o país ainda crescia. “O investimento tem um tempo longo de implantação. É um projeto demorado fazendo uma projeção quando o mercado crescia a dois dígitos”, lembra o executivo, que colocou a Bem Brasil em todos os Estados, menos no Amapá. “Esse é um diferencial, um fator que vem ajudando a gente na fase de crescimento”, diz.

Agora o plano da companhia é começar a exportar em 2019. “A Bem Brasil nasceu para substituir o produto importado. Antes, o mercado era 100% atendido pelo produto importado. Agora, 65% ainda é importado e a Bem Brasil responde pelo restante. Com a planta nova, criamos musculatura para trabalhar a questão da exportação. É um negócio que demanda um certo tempo, um mercado mais complexo”, analisa Rocheto.

Sobre o volume a ser exportado, o presidente da Bem Brasil diz que isso está sendo analisado. “Estamos trabalhando nesta frente criando um setor para exportação, prospectando mercado para trabalhar. É uma saída para continuar crescendo não dependendo exclusivamente do mercado interno”, avalia. Quanto aos mercados compradores, Rocheto diz que serão países da América Latina e da Ásia.

Investimentos. Em uma década, a Bem Brasil investiu R$ 410 milhões divididos entre as duas unidades fabris em Minas e em lançamentos. Em Araxá, onde a produção é de 100 mil toneladas por ano com 300 funcionários, foram R$ 110 milhões. A escolha da região foi pelo fato de o Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba serem os maiores produtores de batata do país. “Isso foi o fator que definiu a vinda da indústria para cá. Além disso, tem a questão logística porque é um centro de distribuição bom”, conta.

“A empresa investiu nos últimos três anos R$ 300 milhões, sendo R$ 200 milhões para a implantação da nova fábrica em Perdizes, com os equipamentos mais modernos do Brasil para esse tipo de produto, e mais R$ 100 milhões em áreas como lançamentos de novos itens, rastreabilidade do produto e na melhor formação do fornecedor, recursos humanos, comercial, novas embalagens e certificações” detalha. Na fábrica de Perdizes – que tem capacidade de até 25 toneladas por hora, são 200 funcionários. Com faturamento de R$ 520 milhões em 2017, este ano a estimativa é de R$ 700 milhões.

Empresa processa 350 mil toneladas de batata por ano

As indústrias de batata pré-frita congelada da Bem Brasil em Minas Gerais processam em torno de 350 mil toneladas de batata por ano. O volume vem das lavouras de cerca de 8.500 hectares. A produção é adquirida pela Bem Brasil, principalmente da safra de inverno.

A indústria, de acordo com o presidente da Bem Brasil, João Emídio Rocheto, tem contratos de plantio e de fornecimento de 15 a 20 produtores da região. “O Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba são as maiores regiões produtoras de batata do país e as fábricas ficam próximas da região da matéria-prima”, justifica Rocheto. A batata precisa de água, altitude, clima, topografia, estrutura de solo leve e água disponível para irrigação”, enumera. O produto é vendido a 130 clientes compradores dentre redes de supermercados e distribuidores.

Agora, o executivo espera que o mercado de trabalho, assim como o crescimento da economia, sejam retomados. “Quando se tem emprego, tem confiança e se consome”, avalia Rocheto.

25/06/2018
Fonte:
 
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