RIO DE JANEIRO
Assessora de Marielle confundiu carros e tocou na maçaneta do veículo dos assassinos, diz delegado
Carro pedido por ela em aplicativo tinha características semelhantes ao utilizado no crime. Informação foi revelada em entrevista coletiva nesta terça (12) pelo delegado Giniton Lages.
O delegado responsável pela Divisão de Homicídios da capital fluminense, Giniton Lages, revelou nesta terça-feira (12) que uma assessora de Marielle Franco (PSOL) por pouco não entrou no carro das assassinos da vereadora. Em operação da Polícia Civil e do Ministério Público nesta manhã, foram presos o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz. O primeiro seria o atirador e o segundo o motorista do crime cometido contra a vereadora e o motorista Anderson Gomes.

De acordo com o relato do delegado, a assessora havia pedido um carro num aplicativo. O veículo tinha características semelhantes ao utilizado pelos criminosos e, pouco antes de puxar a maçaneta, ela se deu conta de que a placa era outra.

"Quando Marielle vai para o carro, juntamente com o Anderson e mais uma assessora, a Fernanda, uma outra assessora se dirige para um carro que ela tinha chamado de Uber. Só que a cor do carro coincidia com a cor do carro dos autores. E ela imagina que o carro dos autores é o carro do Uber dela", relatou o investigador.

"Ela (a assessora) chega a tocar na maçaneta da porta, percebe que o carro está ligado. Mas rapidamente ela vê o carro que é o carro dela. Ela vê a placa e tal e desiste de puxar a maçaneta (do carro dos assassinos). Talvez nós tivéssemos um outro desenho, são coisas, detalhes da investigação que a gente acaba coletando", concluiu.

Prisões

Segundo informações obtidas pelo G1, Ronnie e Élcio estavam saindo de suas casas quando foram presos. Eles não resistiram à prisão e nada disseram aos policiais.

Ronnie estava em sua casa em um condomínio na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, o mesmo onde o presidente Jair Bolsonaro tem residência. Élcio mora na Rua Eulina Ribeiro, no Engenho de Dentro.

A Operação Lume cumpre ainda 32 mandados de busca e apreensão contra os denunciados para apreender documentos, telefones celulares, notebooks, computadores, armas, acessórios, munição e outros objetos. Durante todo o dia, haverá buscas em dezenas de endereços de outros suspeitos. Após a prisão de Ronnie, agentes fizeram varredura no terreno da casa dele e encontraram armas e facas. Detectores de metais foram usados para vasculhar o solo, e até uma caixa d'água passou por vistoria.

12/03/2019
Fonte: G1 Rio
 
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