SÃO JOSÉ DO RIO PRETO E ARAÇATUBA
Polícia registra oito denúncias de mães que acusam creche de dopar crianças com tranquilizante
Mães procuraram a Delegacia da Mulher e relataram sintomas parecidos nos filhos, que frequentavam a mesma creche em Votuporanga (SP).
Depois que uma mãe foi à polícia para acusar uma creche de Votuporanga (SP) de dar tranquilizantes para o filho, outras oito mães também registraram queixa na Polícia Civil.

Oito mães já procuraram a Delegacia da Mulher e relataram sintomas parecidos nos filhos, que frequentavam a mesma creche. O filho da moradora Keli Nascimento Antoniolo foi quem fez o exame, constatando que ele havia ingerido o medicamento clonazepam. Depois da primeira denúncia, Fernanda da Silva Oliveira, que também tinha um filho matriculado na creche, procurou a polícia ao notar os mesmos sintomas na criança.

Ela disse que deixou o filho por cerca de 30 dias na creche e que a criança passou mal por duas vezes.

“Fui buscá-lo depois de um período de uma hora e meia que ele ficou lá e me entregaram ele largado, dormindo, praticamente desmaiado. Fui para Santa Casa de Votuporanga, a qual realizou exames e não dava nada. Eu espero que achem o culpado, porque tem um culpado, alguém deu e que seja punido porque poderia ter levado meu bebê a óbito”, afirma Fernanda.

O que diz a prefeitura

A Prefeitura de Votuporanga disse que nenhum medicamento é administrado nas escolas municipais para as crianças, com exceção daquelas que possuem receita médica e os pais mandam medicação e as instruções, como o horário e a dosagem do remédio.

Em relação à denúncia, a prefeitura disse que a Secretaria de Educação foi procurada pelos pais de uma criança no final do ano passado e não por várias, como traz o boletim de ocorrência. A secretaria relatou o caso à Procuradoria Geral do Município mas, na época, não havia resultado de exames médicos ou qualquer outro material com embasamento legal que determinasse providências administrativas. Mesmo assim, a Secretaria da Educação orientou educadores, técnicos e profissionais das escolas municipais. A secretaria ainda não foi notificada quanto à abertura de inquérito.

28/05/2019
Fonte: G1 Rio Preto e Araçatuba
 
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